Rafael

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blogger:Sou mais um apaixonado pelo mundo do petróleo,quando entrei na faculdade imaginei uma coisa,com o passar dos segundos percebi que o estudo pelo petróleo é mais do que fascinante.estarei atualizando diariamente esse blog postando tudo que engloba essa area petrolífera.em breve materiais como apresentações em power point,trabalhos apresentados nas universidades,questões de provas.contatos pelo meu email:professor.rb@hotmail.com

sábado, 29 de agosto de 2009

BRASKEM NEGOCIA COMPRA DA QUATTOR



A petroquímica Braskem, maior produtora de resinas termoplásticas na América Latina, do Grupo Odebrecht, informou oficialmente que está em negociações com sua principal concorrente, a Quattor, controlada pela Petrobras e a família Geyer, do Grupo Unipar. Em comunicado ao mercado, divulgado na última segunda-feira, dia 24, a companhia confirma que iniciou conversas com os acionistas da Quattor, para “identificar eventuais oportunidades de aliança estratégica em seus negócios”. Mas, segundo o comunicado, ainda não há acordo preliminar firmado nem prazo para o término das negociações.
O principal motivo para a realização da fusão é a dificuldade financeira enfrentada pela Quattor, que estaria sendo pressionada pela Petrobras a abrir mão da empresa. Segundo fontes ligadas às companhias, o endividamento da Quattor é estimado em R$ 6 bilhões, que corresponde a 60% do faturamento. Se confirmado, o negócio criará uma gigante petroquímica brasileira, com porte semelhante à mineradora Vale. Juntas, elas faturam cerca de R$ 28 bilhões por ano e responderiam por 98,85% da produção nacional de polietileno, usado em embalagens, sacolas de supermercados e brinquedos.

A concretização da operação, no entanto, é vista com ressalvas pelo mercado. Se por um lado a aquisição da Quattor pela Braskem criaria um monopólio na fabricação de resinas plásticas no Brasil e dirimiria os riscos de ingresso de um concorrente internacional no país. Por outro abriria espaço para possíveis arranhões à saúde financeira da Braskem, e também a deixaria mais exposta ao risco político de ter a Petrobras, como acionista majoritária. É nesse ponto que o negócio pode emperrar.
Do ponto de vista do mercado, a compra promete não gerar grandes reflexos. A direção da Associação Brasileira da Indústria do Plástico avalia que as importações seriam uma válvula de escape caso a operação venha a provocar alta nos preços das resinas. Em relação ao Conselho de Defesa Econômica (Cade), as restrições feitas pelo órgão em grandes fusões costumam ser maiores em casos que afetem mais diretamente o consumidor final.
A crise na Quattor veio justo na hora em que a Braskem se prepara para a compra de ativos na América do Norte. Caso assuma agora os ativos da Quattor, a Braskem conseguirá antecipar em alguns anos sua meta de se transformar na maior petroquímica em produção das Américas, ficando pouco atrás da americana Dow Chemical, que produz 5,7 milhões de toneladas de resinas no continente. Com a Quattor, a Braskem produzirá 5,4 milhões de toneladas desse produto.
A fusão entre as duas maiores petroquímicas brasileiras terá de ser feita antes de o cenário petroquímico mundial piorar - o ciclo de baixa deve durar até meados da próxima década. Embora o mercado tenha se retraído fortemente desde o início da crise internacional, analistas avaliam que as novas fábricas que entram em operação no Oriente Médio e na China derrubarão ainda mais as margens no mundo todo este ano.

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