Rafael

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blogger:Sou mais um apaixonado pelo mundo do petróleo,quando entrei na faculdade imaginei uma coisa,com o passar dos segundos percebi que o estudo pelo petróleo é mais do que fascinante.estarei atualizando diariamente esse blog postando tudo que engloba essa area petrolífera.em breve materiais como apresentações em power point,trabalhos apresentados nas universidades,questões de provas.contatos pelo meu email:professor.rb@hotmail.com

sábado, 29 de agosto de 2009

BIOCOMBUSTÍVEL DE ALGAS DESPERTA INTERESSE 31/08/09



Não é a toa que as algas marinhas vêm despertando a cobiça dos grupos empresariais e também o interesse de institutos governamentais de pesquisa. Atualmente, elas são apontadas como a fonte mais importante de biocombustível sustentável para o futuro do planeta. Por utilizar o gás carbônico no metabolismo, suas áreas de cultivo transformam-se em verdadeiros campos de seqüestro de gases causadores do efeito estufa. Além desse fator, as micro e macro algas não competem com os alimentos na disputa por terras agrícolas, por se desenvolverem tanto em água doce quanto na salgada. E não é só. A rápida reprodução e a boa produtividade de óleo, tornam as algas uma boa alternativa à utilização do petróleo. Mantidas em tanques rasos, as micro algas podem gerar 100 vezes mais óleo do que qualquer outra oleaginosa comum, utilizada na produção de biocombustível. Na cultura do milho, por exemplo, um acre rende cerca de 81 galões de etanol por ano, a palmeira produz 650 litros de biocombustível, enquanto as microalgas podem produzir até 15.000 galões.

Apesar dos resultados em pesquisa nessa área ainda serem tímidos, a coordenadora do curso de Pós-Graduação de Engenharia de Biocombustíveis e Petroquímica da UFRJ, Ofélia Araújo, afirma que o momento atual é dos países buscarem tecnologia adequada para a exploração das micro e macro-algas. “Quem detiver o domínio da tecnologia de produção de biocombustíveis de (micro e macro) algas deterá a parte fundamental dos negócios de combustíveis. E mesmo que no futuro algumas empresas multinacionais venham a construir plantas industriais no Brasil, a transferência de royalties e a dependência estrangeira ameaçarão a segurança energética do nosso país”, falou a professora com exclusividade à revista eletrônica Nicomex Notícias. Atento aos benefícios que a produção de biocombustível, a partir de algas, pode trazer à matriz energética e ao meio ambiente, o governo brasileiro está investido nesse mercado. O Conselho Nacional de Pesquisa Científica e Tecnologia (CNPq), órgão vinculado ao Ministério de Ciência e Tecnologia lançou no ano passado, um edital para contratação de projetos. O objetivo do financiamento é investigar o potencial das algas como fonte geradora de energia. Dos 73 projetos apresentados, 11 foram selecionados. Em dois anos, serão aplicados R$ 4,5 milhões. O grande potencial de expansão deste segmento também vem chamando a atenção das companhias em todo o mundo. A Algae Biotecnologia, empresa pioneira na pesquisa de biotecnologia, acaba de receber financiamento do BNDES e da Agência Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) para desenvolver uma pesquisa de sistemas de produção de microalgas em laboratório. O investimento de R$ 5 milhões corresponde às etapas de pesquisa, viabilidade econômica e sustentabilidade ambiental. A maior empresa petrolífera, a ExxonMobil, também já começa a reconhecer a importância na produção de biocombustíveis, à base de microalgas. A multinacional americana estabeleceu parceria com a Synthetic Genomics e anunciou um investimento de US$ 600 milhões em projeto de biocombustíveis a partir de algas marinhas. Um dos desafios dos projetos nesse setor, será tornar economicamente viável o uso da tecnologia aplicada na produção. As algas são usadas há décadas na produção de encapsulantes e na aquacultura para alimentar peixes e outros animais. Hoje, há mais de 30.000 espécies, a maior parte ainda não investigadas quanto ao potencial de produção de biocombustíveis. Sua aplicação tem um leque variado de setores industriais, como na produção de fármacos e alimentos (proteínas alimentares). Desde os anos 70, depois da primeira grande crise do petróleo de 1973, já se pensava na aplicação desses organismos marinhos para a produção de energia a partir da biomassa.

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